Cumprir rotinas sem ser rotineiro

A palavra rotina tem uma boa e uma má carga. Tanto se pode dizer, de forma elogiosa, “ Ele na sua vida cumpriu sempre todas as rotinas normais”como, de forma crítica, “A vida dele tornou-se numa rotina insuportável”.
Como cristãos somos chamados a cumprir certas rotinas. Levantar, fazer a higiene pessoal, orar e ler a Bíblia, tomar o pequeno-almoço, dar um beijo à esposa/ao marido, sair para o trabalho, etc.
Como igreja também temos as nossas rotinas. A Ceia do Senhor, por exemplo, cumpre-se cada Domingo onde ouvimos orações muito semelhantes em que agradecemos a Deus ter enviado o seu Filho para morrer na cruz por nós; lembramos que o corpo de Jesus foi esmagado (ao tomarmos o pão) e como o seu sangue foi derramado (ao tomarmos o vinho); recordamos, e agradecemos, que Jesus foi o Cordeiro Imaculado que nos substituiu e que Deus estava em Cristo reconciliando-nos consigo mesmo; que Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido (cada um de nós). Depois lá distribuímos os símbolos pelos membros da Igreja depois de termos pedido, como sempre, a bênção do senhor para a distribuição do pão e do vinho. Durante a Ceia ouvimos orações que, salvo raras excepções, são sempre as mesmas, vindas das mesmas pessoas.
Nos anúncios que fazemos, regra geral, sãos os mesmos da semana anterior e da anterior e da anterior…
Será que estamos errados ao fazer o que fazemos?
Tudo depende da intenção do coração. Como a Palavra de Deus é viva, apesar de afirmar sempre as mesmas verdades, o importante é que vivamos sempre em novidade de vida.
A verdade é que podemos manter as rotinas sem que as actividades se tornem rotineiras, com a carga negativa associada.
O nosso Mestre também cumpriu algumas rotinas (sobretudo em matéria de oração) mas alguém seria capaz de, no mau sentido, o considerar rotineiro?

As rotinas podem ser monótonas ou agradáveis.

é bom fugir da rotina, mas é bom também ter boas rotinas.
É preciso um pouquinho de tudo.
E a verdade é que mesmo ouvindo tantas vezes as mesmas coisas, tendemos a esquecer, a não saber...

Portanto...